Corvo marinho


Corvo-Marinho

 

Phalacrocorax carbo 

 

 

 

Características da Ave

 

O corvo-marinho de faces brancas tem aproximadamente 90 cm de comprimento e cerca de 150 cm de envergadura.

A sua plumagem é bicolor: preta, com brilho esverdeado no dorso, asas e parte posterior do pescoço, e branca na zona da face, garganta, peito e ventre.

Na época de reprodução, os adultos adquirem uma mancha branca na parte exterior das coxas.

O pescoço é longo e o bico é ligeiramente encurvado na ponta. Os olhos são verdes e a pele em seu redor é amarela.

Esta ave aquática de médio-grande porte chama a atenção por ser quase totalmente preta, tanto pousada como em voo. É claramente maior que um pato, tem um pescoço longo e asas igualmente longas. O bico amarelo contrasta com o preto da plumagem e, no final do Inverno, alguns indivíduos adquirem uma mancha branca em cada flanco e outra na cabeça.

 O corvo-marinho está presente em todos os continentes à exceção da América do Sul e da Antártida.

 

Ecologia e Habitat

 

Esta espécie consome principalmente peixes que captura através de mergulhos a pequena ou média profundidade. Os vários estudos sobre a espécie em Portugal revelaram uma dieta generalista que, em meios estuarinos e lagunares costeiros, pode ser composta por peixes como diversas tainhas, o charroco, a enguia, o peixe-rei, e diversas espécies de alcarrazes e de linguados. Frequenta uma grande diversidade de habitats, com destaque para os estuários e as lagoas costeiras, ocorrendo ainda em albufeiras, em pauis, na costa rochosa e em cursos de água. Não frequenta mar aberto, podendo aí ocorrer apenas excecionalmente. Pode formar bandos com centenas de indivíduos quando se desloca para os dormitórios.

 

É um nadador exímio, que mergulha para apanhar o peixe de que se alimenta.

Após cada período de pesca, como todos os corvos-marinhos, descansa com as asas abertas ao sol de modo a secar as penas, que não são impermeáveis.

 

Reprodução

 

A época de reprodução decorre em alturas variáveis do ano, consoante a localização geográfica das populações. Os corvos-marinhos nidificam em colónias de centenas de casais, em locais que podem ser reaproveitados de ano para ano. Ao fim de algumas estações, as colónias ficam cobertas de guano, que pode ser explorado comercialmente como fertilizante. O ninho é pouco elaborado, construído com ramos em árvores perto de água, penhascos ou diretamente no solo. Cada postura contém em média 3 a 4 ovos alongados de cor branca-esverdeada. A incubação é feita por ambos os membros do casal ao longo de 27 a 28 dias. Os juvenis recebem cuidados parentais dos dois progenitores durante cerca de dois meses.

 

AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO

 

Esta espécie é acusada por piscicultores e por pescadores de causar um impacto negativo sobre as populações de peixes. Embora em certos casos estas acusações possam ser justificadas, no nosso país, a predação sobre espécies de peixes com valor comercial parece ser ainda pouco importante.

O corvo-marinho-de-faces-brancas não se encontra em risco de extinção, embora algumas populações estejam ameaçadas por poluição e degradação de habitat, sobretudo junto de colónias de nidificação.

 

Exemplo de uma cadeia alimentar:


Algas(Produtor)
àPeixeàCorvo-MarinhoàBactérias (Decompositores)

 

 

 

 

 

 

 

http://www.atlasavesmarinhas.pt/corvo-marinho/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corvo-marinho-de-faces-brancas

http://www.avesdeportugal.info/phacar.html