Garça-real


 

GARÇA-REAL

(Ardea cinerea)

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

     Ordem: Ciconiiformes | Família: Ardeidae

     É maior garça que pode ser observada em Portugal. Tem o corpo robusto, grande, com coloração cinzenta nas partes superiores e branca acinzentada nas partes inferiores.

     O pescoço é longo, o bico é direito, forte e em forma de punhal com tonalidade amarela acinzentada, ficando laranja durante a época de reprodução.


     As patas são amarelas acinzentadas e a face superior das penas é cinzenta e preta.

Os adultos apresentam o centro e ambos os lados da cabeça brancos com uma pluma negra, longa e estreita até à nuca.

 

DIMENSÕES

     Entre 84 a 102 cm de comprimento e 155 a 175 cm de envergadura.

     Atinge 600 a 1200 gramas de peso.

 

HABITAT

     Pode ocorrer em vários tipos de massas de água doce ou salobra com alimento suficiente, como nas margens de rios, lagos, charcos, estuários e lagoas costeiras.

 

ALIMENTAÇÃO

     A garça-real tem uma dieta ampla, sobretudo carnívora, que pode incluir peixes, larvas e adultos de anfíbios, crustáceos, moluscos, insectos aquáticos, répteis, aves pequenas, roedores e ocasionalmente alguma matéria vegetal.

 

CICLO DE VIDA

     A garça-real reproduz-se entre Fevereiro e Julho, geralmente em colónias no entanto, por vezes, pode ocorrer isoladamente.

     O ninho assemelha-se a um cesto de galhos achatados, geralmente construído na copa das árvores e pode ser usado durante vários anos. A postura consiste em 4 a 5 ovos, a incubação dura 26 dias e as crias permanecem no ninho 7 semanas.

 

COMPORTAMENTO

     Caminha lentamente sobre águas pouco profundas. Para caçar, aguarda imóvel apoiada em apenas uma pata em águas baixas e na orla de caniçais.

     Voa com as asas muito arqueadas, efectua movimentos lentos e irregulares e, durante o voo, retrai o longo pescoço à semelhança de outras espécies de garças.

     É uma espécie residente, migradora e estival.

 

FATORES DE AMEAÇA

     A destruição de zonas húmidas e a ocupação humana da zona costeira constituem as principais ameaças para esta população.

     As principais causas de mortalidade nesta espécie estão associadas às atividades humanas, nomeadamente à agricultura e à piscicultura. No que respeita à primeira, a contaminação das aves por pesticidas parece constituir o principal factor de ameaça. Em relação à segunda, em Inglaterra, o abate de garças que se alimentavam nas pisciculturas quase levou à extinção da espécie nos anos 70.      As Garças-reais são ainda particularmente sensíveis a Invernos rigorosos, podendo sofrer baixas importantes nas suas populações, das quais só recuperam num período de 2 a 3 anos.

 

http://www.avesdeportugal.info/ardcin.html

http://www.charcoscomvida.org/uncategorized/garca-real

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/patrinatur/lvv/resource/doc/aves/ard-cin

http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=55&cid=88725&bl=1&viewall=true

 

 

 Trabalho realizado por David Lopes 8ºB